Desafio consiste em desenvolver sistema de pilotagem autônoma e regras
de trânsito para veículos do futuro.
Durante décadas, os
fãs de ficção científica imaginaram um futuro em que os carros voariam. Seja no
cinema, em desenhos animados, quadrinhos ou na literatura, sempre cogitamos
que, daqui a alguns anos, as ruas serão substituídas pelos céus no que diz
respeito ao transporte urbano. E parece que a NASA quer essa novidade para
breve.
A agência norte-americana decidiu lançar o desafio
e está disposta a pagar US$ 1,5 milhão — cerca de R$ 3 milhões na cotação atual
— para quem conseguir apresentar a melhor proposta do transporte do futuro
ideal. E não é preciso nem mesmo desenvolver o veículo, uma vez que basta
apresentar o conceito.
De acordo com a NASA, a ideia é fazer com que as
pessoas criem alternativas inteligentes sobre o que um carro autônomo — ou
seja, sem motorista — deve e pode fazer, além de definir algumas regras de
trânsito e de segurança entre esse tipo de equipamento. Um exemplo de resposta
que a agência procura é um tipo de inteligência artificial que consiga
identificar e evitar outro veículo mesmo sem a intervenção humana.
Como participar?
Não é porque você não precisa colocar um carro para
voar sobre a sua cidade que o desafio vai ser simples. Para começo de conversa,
é necessário enviar um documento de até cinco páginas explicando suas ideias
para tornar o sistema de pilotagem inteligente algo viável.
Como dito, não basta somente pensar no carro voador
em específico, mas na forma com que ele vai lidar com o trânsito. Além de
evitar outros dispositivos semelhantes, é preciso levar em consideração outras
questões, seja como se comportar durante um congestionamento ou elementos de
segurança — que envolvem até mesmo outros tipos de veículos aéreos, como aviões
e helicópteros. Quer ganhar US$ 1,5 milhão? Pense em formas de evitar acidentes
com uma tecnologia que ainda não existe.
Para filtrar as propostas até chegar àquela que
será, de fato, a escolhida, a NASA irá realizar várias etapas eliminatórias de
"testes". Na primeira fase, por exemplo, os conceitos devem partir do
pressuposto que os demais carros voadores são equipados com o mesmo sistema de
comunicação e de localização, o que deixa tudo mais fácil.
Em um segundo momento, porém, essa uniformização
sai de cena e é preciso imaginar uma forma de fazer com que esses dispositivos
autônomos se reconheçam, mantenham uma distância segura e ainda utilizem um
tipo de comunicação verbal para se comunicar com o controle de tráfego aéreo.
Realmente, muito mais complexo.
Enfim, boa sorte a todos os competidores e, mais do
que R$ 3 milhões em sua conta, esperamos ver o tão esperado carro dos Jetsons
passeando por aí — e sem medo de que um deles caia em nossas cabeças.
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