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domingo, 24 de junho de 2012

Engenheiro cria robôs para acompanhar pacientes em estado terminal

Máquinas conversam, abraçam e oferecem cuidados às pessoas que estão em seus últimos momentos de vida.

O designer e engenheiro Dan Chen desenvolveu uma máquina projetada para acompanhar pacientes em estado terminal e oferecer às pessoas cuidados e segurança em seus últimos momentos de vida. Chamado de Robô do Último Momento (Last Moment Robot), o androide foi construído como parte de uma série de robôs funcionais capazes de reencarnar comportamentos humanos e sociais.

Em uma demonstração, o robô segura o braço de uma mulher e começa a dizer as seguintes palavras: "Eu sou o Robô do Último Momento. Estou aqui para ajudá-la e orientá-la pelo seu último momento na Terra. Lamento que sua família e amigos não possam estar com você aqui agora, mas não tenha medo: estou aqui para te confortar, pois você não está sozinha, você está comigo. Seus familiares e amigos te amam muito e eles vão lembrar de você depois que você se for".

Ter uma máquina ao invés de entes queridos nos últimos momentos da vida pode dividir opiniões. "Por um lado, revela a crueldade da vida e a falta de apoio humano e conexões sociais", explica Chen. "Por outro, o dispositivo se transforma em algo que o doente pode confiar e depender. Coloquei uma parte de mim em cada um dos robôs para que eles dissessem coisas que eu diria a uma pessoa que está prestes a morrer", completou.
 
Há ainda o Robô do Último Minuto, que consiste em um braço almofadado que acaricia e conversa com o paciente através de orientações e mensagens de conforto antes da pessoa falecer. Essas conversas podem ser personalizadas, afirmou Chen. Todos os protótipos, segundo o designer, são construídos com base na plataforma Arduino e possuem elementos de conquista e até mesmo de humor para simular o comportamento humano.

As máquinas estão expostas na Escola de Design de Rhode Island (Estados Unidos), onde o público pode acompanhar uma instalação chamada "Hospital do Último Momento". Dan Chen disse que ainda não tem planos de iniciar uma produção massiva de seus produtos, mas acredita que eles podem aproximar cada vez mais os seres humanos.

"O dispositivo destina-se a levantar questões. A morte é, provavelmente, o momento mais vulnerável de uma vida humana e, nesta instalação [Hospital do Último Momento], a presença de uma pessoa de verdade é substituída por um robô, questionando a qualidade da intimidade sem a humanidade", finalizou.

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